30 de novembro de 2010

Amor aos pedaços...

Amor não é uma fórmula que se adquire numa qualquer prateleira do supermercado, não é um prato cozinhado que se compra na churrasqueira da esquina… é uma espécie de puzzle que vamos construindo aos poucos, com o passar do tempo, e podemos não acertar à primeira, nem à segunda, mas o que é válido é não desistir… seria bom, se pudessemos escolher o nosso amor como fazemos as compras da despensa lá de casa… uma mente que fosse igual à nossa, que tivesse os mesmos sonhos, às vezes batemos de frente com ela, mas vem embrulhada num papel que não condiz, ficando a faltar algo… alguém que sente como nós sentimos, tão profundamente, que parece completar-nos quando suspiramos, mas afinal, algo não batia certo porque também este vinha numa caixa que em tudo diferia da nossa, não encaixava no nosso puzzle… e um dia mesmo sem acreditar no que vem por fora, porque o exterior podemos dizer que não conta mas encher o olho (sim, porque os olhos também comem!...) alguém condiz connosco, e em tudo parece encaixar do lado do nosso eu, e aí há um longo caminho a percorrer, na distância certa dos limites da liberdade de cada um, uma longa estrada de obstáculos a saltar, e de mão dadas chegar ao fim da viagem, e pensar que tudo valeu a pena ser vivido, sentido, construído…

28 de novembro de 2010

Encontro-me... encontro-te!

…nas palavras que não saiem da tua boca,
apenas flutuam entre os diálogos mudos
mantidos à distância de um toque!
…no silêncio gritante da tua alma
que percorre a minha num misto de sensações
de extremo prazer e dor!
…no sorriso que trocamos no escuro,
onde o nosso olhar não se cruza,
embalado apenas pela  melodia do bater do coração!
..na mão que aperta a minha
numa força quase imperceptível, invisível
à compreensão humana!
...no leve piscar de olhos em que nos encontramos
nos sonhos revelados e desfeitos
por palavras pensadas e ditadas em voz alta!
...nos beijos que damos em pensamento
na imaginação do delírio residente do paraíso
onde se sente o gosto do desconhecido!
...no som da tua voz em meus ouvidos
quando fecho os olhos e  percorro o mundo da fantasia
ao sentir o dedilhar dos teus dedos pelas minhas curvas!

25 de novembro de 2010

A felicidade... o amor!

Este tema tantas vezes abordado por centenas de pessoas, e também por mim, de cada vez que teço considerações sobre ele há sempre algo a acrescentar. Tantas vezes o confundimos com outros sentimentos, mais ou menos intensos, que nos impedem de ver verdadeiramente o que este sentimento é e deve ser. Tantas vezes, achamos que amamos alguém, mas mais tarde chegamos à conclusão que afinal, o que sentimos, não é amor verdadeiro, é um sentimento que podia caminhar para lá, mas que acaba por ficar pelo caminho pelas mais diversas razões, mas as coisas complicam-se quando unimos a nossa existência a essa pessoa achando que tínhamos encontrado aquele amor. E afinal, tudo não passou dum sentimento que não nos levou onde queríamos, e um belo dia acordamos e damos conta que aquela vida onde nos sentimos presos, numa espécie de corda bamba, entre o ir e ficar, entre o ser e não ser, entre o querer ou não, não nos satisfaz, não nos faz feliz, não queremos mais, e ainda assim, ficamos ali… mas por mais comodismo que possamos sentir, será muito mau se deixarmos de ser felizes por essa razão, ou qualquer outra de origem mais ou menos moral, que nos impele a pensar nos outros em detrimento de nós mesmos… o que não damos conta é que fazendo dessa forma, continuamos com comportamentos mais ou menos desviados, que nos provocam sofrimento próprio, e sofrimento indirecto aos que nos rodeiam. Há que pensar um pouco mais em nós, porque se formos felizes, podemos também fazer os outros felizes, ao contrário não resulta!... A felicidade está em nós, e só trazendo-a de dentro para fora se chega lá, e não ao contrário. Escusado será dizer que ao procurarmos a mesma fora de nós, ou em alguém, isso não vai acontecer!... Ela está bem mais perto do que pensamos, nós é que insistimos em não a ver, ou querer ver!... Quando atingimos um determinado estádio de crescimento interior, todo o nervosismo desaparece, e surge a paz em sermos felizes, e em fazermos os outros felizes!... E aí, a parte mais importante, falta encontrar alguém que esteja ao mesmo nível emocional para atingir a verdadeira felicidade, aquela que procuramos a vida toda!...

24 de novembro de 2010

Voarei!

Crescem-me as asas…
E voltarei a voar… voar…
Para longe da tormenta
Onde a tempestade se esgota
Para mais perto do sol
Onde se iluminam os caminhos
Em busca dum amor para amar
Em busca de felicidade
Mais perto da luz
Voarei lentamente…
Em suaves voos picados
Perseguindo borboletas coloridas
Que me transportam para sonhos
Não sonhados, realidades irreais…
Por quimeras perdidas
No mundo dos sentidos…
Na infinita forma de sentir e ser!

21 de novembro de 2010

Na outra margem de mim...

Na outra margem de mim…
habita o riso aberto dos teus olhos
que ainda não cruzaram os meus
habita o som colorido das tuas palavras
que ainda não escutei!
Dentro de mim ouço…
e sinto a força do teu sentir
na incerteza do futuro por chegar!
Invado o espaço do teu pensamento
e ficas-me na memória…
pintado a preto e branco
num abraço colorido de sons e imagens!

Na outra margem de mim…
existem sons do pousar do teu olhar
nas curvas do corpo que ainda não conheces
existem cores dos meus desejos
que o teu corpo ainda não sentiu!
Dentro de ti vês…
e sentes o leve toque dos meus dedos
que deslizam pela estranha terra da tua alma!
Cercas-me de beijos e carícias
numa mistura de palavras coloridas
que me cobrem o corpo
e desabrocham num bouquet
de silêncios e delírios secretos!

19 de novembro de 2010

Selos e comentários

A partir de hoje, e em virtude do meu tempo estar um pouquinho mais limitado, venho deixar as novas regras deste blog relativamente ao seguinte: em primeiro agradeço antecipadamente a todos os que me oferecerem selos, e não farei post sobre os mesmos, serão sagradamente colocados na barra lateral, com o devido link de quem os ofereceu, com um singelo agradecimento. Assim sendo, as regras terão de as ir buscar ao link de cada selo, se as quiserem respeitar.  Agradecerei ainda no blog respectivo, e oferecerei particularmente aos blogs que entender, deixando desde já o livre arbitrio para todos os que me visitam de levar qualquer um deles se assim o desejarem, e ficarei muito feliz por isso. Portanto, sintam-se à vontade para o fazer, é dado de coração.
Em segundo lugar quero falar dos comentários, que adoro receber, e agradeço todos os minutos que dispendem a ler o que escrevo, e que gentilmente me comentam, mas não responderei aos comentários a partir de hoje, apenas a algum em particular se achar que devo. O meu muito obrigado pelo vosso tempo dispendido aqui neste meu espaço.

Angel (Sus)

17 de novembro de 2010

Desejo!

Leva-me daqui para um refúgio só nosso!
Leva-me a passear pelos sonhos que ainda não vivi!
Shiiiu… não digas nada…
deixa-me apenas repousar no teu abraço!
Não tenhas pressa…
fica apenas à distância do meu olhar,
no pequeno espaço dos meus lábios!
Não peças mais que o hoje…
dá-me apenas a tua mão,
e deixa-me sentir o calor da tua alma,
a força com que bate o teu coração!
Shiiiu… escuta o som do silêncio…
que se desenha no mais fundo do nosso olhar!
Deixa que a natureza se espreguice lentamente…
e nos envolva num suspiro de emoção
largada ao vento…
Deixa que o universo nos ensine o caminho
em passos certos… um a um…
num suave acordar...
Olha-me simplesmente…
E deixa-me acariciar o teu desejo!

Ofertas

Recebi dois selos do Blog da Malu, intitulado LAR DOCE LAR, a quem agradeço imenso sempre pelo seu carinho e amizade.
O prémio Dardos já é repetido, portanto não vou acrescentar mais nada do o que já está mais abaixo.


O segundo selo, Tu blog es como uma flor em primavera, tem como regras básicas citar 10 coisas que amo:
- familia (principalmente a minha filha)
- trabalho (porque adoro tudo o que faço, o que inclui os meus blogs)
- musica (adoro todos os estilos, de acordo com o momento e a companhia)
- escrever (faz parte de mim)
- cinema (porque me evade da realidade, e faz sonhar)
- conviver com os amigos (a amizade é dos bens mais preciosos que se possui)
- fazer doces (porque sou gulosa)
- andar a pé (nada como respirar o ar numa boa caminhada)
- conhecer novos lugares, novas terras, novas formas de viver
- praia (porque o cheiro do mar me vicia, e adoro andar descalça e sentir a areia nos pés)


E oferecer a 10 blogs, quebrando a regra deixa para todos os que quiserem levar

15 de novembro de 2010

Renascer...


Num gesto envergonhado…
Num estender de mão que acaricia…
Num olhar tímido que beija…
Se desvendam lentamente os sons dos sentidos…

Num toque sem se sentir…
Num suspiro solto nas memórias…
Num abraço de palavras…
Se destapam suavemente os silêncios da alma…

14 de novembro de 2010

Gosto de ti...

Como quem abraça o tempo…
Como quem dança de olhos fechados…
Como quem se embriaga num perfume doce…
Como quem se quer perder sem pensar…
Como quem sonha com o futuro sem amanhã…
Como quem faz florir o passado…
Como quem olha as estrelas encantada…
Como quem sente a suavidade do orvalho pela manhã…
Como quem alcança a luz da lua…
Como quem beija o vazio dos dias…
Como quem não quer acordar nunca mais…
Como quem mergulha no oceano da vida…
Como quem parece viver pela primeira vez…
Como quem sente o mais profundo suspiro da alma…
Como quem deseja deixar-se ir…
Como quem desperta para um novo dia…

12 de novembro de 2010

Uma última lágrima

"A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."
Charles Chaplin

11 de novembro de 2010

Em busca de mim...

Entrando em mim, deixando fluir a energia que vem do imenso universo e trespassa furiosamente a alma como um furacão, arrastando tudo numa enchurrada desmedida, sobrando um rasto de sentires contraditórios, que me alucinam o pensamento, e saiem em gotículas de suor por todos os poros da pele, limpando os restos mortais do que já morreu… e sobram em mim espaços por preencher, canais abertos, vazios, onde circula o nada, que em tom quente, numa espécie de sussurro murmurado baixinho ao ouvido da imaginação, a mente levanta voo em movimentos circulares e retorna revigorada pela força ancestral das dimensões esotéricas. E mais uma vez, o retorno da alma, faz crescer água na boca pela vida que ainda há-de vir para se viver, olhando com esperança o futuro incerto na linha perdida do horizonte onde a vista não consegue alcançar, onde as cores do azul do céu e a luz brilhante dos raios do sol nos mostram que a vida nada mais é do que o ar puro que respiramos... e sentimos penetrar lentamente pela garganta abaixo até aos pulmões, que se enchem e esvaziam em movimentos ritmados ao som dos batimentos cardíacos, como um tambor afinado que bate certinho, como se soubesse a melodia de cor...

10 de novembro de 2010

Sinto-te!

Toco-te suavemente…
pelos intervalos das palavras
que enchem o traçado dos dias que passam
no embalo lento das horas!

Guardo-te...
no silêncio da memória escondida
dos beijos doces trocados
ao som dos dias quentes de verão!

Sonho-te calmamente…
como quem desenha curvas rectas
com a ponta dos dedos
pelo deslizar do teu sorriso!

Tenho-te...
entre a areia fina do meu pensamento
nos rasgos mal traçados 
nas linhas vazias das minhas mãos!

Abraço-te carinhosamente…
nos braços do ar que circula livremente
entre os arrepios da alma
que cruzam o meu e o teu sentir!

9 de novembro de 2010

Escutar a voz interior...

Mesmo que tivesse em mim toda a beleza duma rosa perfumada, todo o brilho da lua e das estrelas, todo o ruído do mar, toda a força do vento, a transparência da água, a beleza mais exótica do lugar mais belo ao cimo do terra, nada se compara ao dom mais importante que nos é dado, a vida… esta efémera passagem onde podemos partilhar os bons e os maus momentos com todos os que fazem parte da nossa existência, seja de que forma for… porque tantas vezes andamos a correr, e nem damos conta que nos esquecemos de dar uma palavra de agrado a quem está perto de nós, pensando que o outro já nos conhece e sabe o que sentimos. Ao invés de deixarmos para mais logo, porque não dizemos o que pensamos sem medo, sem receio, sem pensar, apenas ouvindo aquela voz que vive lá no fundo de nós, e que tantas vezes a calamos, ou simplesmente ignoramos, há que sentir, e deixar falar mais alto o que vive no mais fundo do nosso íntimo, e nos torne melhores, mesmo quando a adversidade parece imperar, podemos sempre retorquir com um gesto gentil, e ele se multiplicará no futuro. Tantas vezes maldizemos todo o mal que nos acontece, mas quando recebemos troncos com espinhos em retribuição das rosas que oferecemos, temos de olhar bem porque esses troncos também fazem parte do nosso caminho, de forma a aprendermos, a crescermos, e prosseguirmos a caminhada... Apreciemos a vida como se fosse a mais bela flor, que contemplamos num monte qualquer sem tocar para não estragar o brilho e a beleza, deixando que esta lentamente e no seu ritmo certo… um dia… se deixe ir pétala a pétala ao sabor do vento…

5 de novembro de 2010

Saudade

Quando a saudade nos joga no passado, abrindo feridas antigas e nos prende a respiração, riscando um traçado tão forte que é impossível deixar de sentir, esquecer o gosto amargo do que foi e já não é, e este nos engole sem resistência.
Quando a saudade nos assalta o pensamento e cava um buraco no peito, lá no mais fundo de nós, ficando um vazio sem medida, um nó na garganta  que nos amarra a voz e nos rouba a vontade de voltar a sonhar.
Quando a saudade é tão grande que não cabe mais no peito, preenchendo todo o espaço do corpo e se esvai em lágrimas silenciosas, que dilaceram o coração não sobrando espaço para mais nenhuma forma de sentir.
Quando a saudade deseja o que não é possível ter, quando se transforma em declínio dos dias que passam sem que possamos agarra-los mais, deixando vagarosamente passar o futuro, sem travão, sem freio, sem condução certa, como um barco, de velas rasgadas, à deriva no mar que se perdeu no meio da tempestade
Quando a saudade bate e não conseguimos nos livrar dela…

4 de novembro de 2010

Adormece-me!

Como um grito surdo… solto
na linha do horizonte
a resposta avança devagarinho
e nascem-me flores de esperança
no olhar…
que pousa lentamente…
sobre os silêncios que se cruzam
no infinito do universo!
Tocas-me suavemente…
com essa ternura tão tua
deixando pedaços de memórias
esquecidas no tempo
sem tempo de voltar…
E num suspiro arrancado ao vento
teço ilusões…
que me cobrem as noites de sonhos
e pintam a alma
num novo caminho por percorrer…
Adormece-me apenas!
E deixa-me acordar entre as tuas mãos!

3 de novembro de 2010

Sentir o momento...

O momento de viver é agora, neste instante singelo, onde o ponteiro dos segundos está a mudar para o próximo, onde destas letras soltas construo sonhos, fantasias, onde componho cenários imaginários que se soltam da ponta dos meus dedos, onde transformo as emoções passadas em poemas, onde também reinam as lágrimas que se acumulam nestas mãos que acariciam o tempo infinito que se esgota neste segundo já passado… onde tantas vezes o sol brilha entre as nuvens que escurecem a nossa alma. A vida é neste preciso momento, onde estendo a mão na tentativa de alcançar o espaço vazio do ar que respiro, é a força que pulsa dentro do peito, que faz mover céus e montanhas do pensamento, agitando ventos fortes das tempestades que nos abalam todos os dias, jogando-nos nas incertezas da vida, conduzindo-nos a lado nenhum, alterando a conjuntura emocional ao cruzarmos com outros seres pensantes que nos mostram novas formas de ver, ouvir, pensar, viver…

1 de novembro de 2010

Paixão...

Nasceu do improvável
do inacreditável
rodeada do nada,
no obscuro da alma!
És meu vicio!
Meu sonho impossível!
Moras nas entranhas do meu ser
na casa vazia do sentir
num tempo perdido…
do que não volta mais!
Ultrapassamos a razão
o improvável
o desejável
o pecado
a barreira dos limites do irreal!
Estendemos as mãos
e tocamos no sonho…
abrimos as almas
desvendamos mistérios
jogamos na incerteza
e apostamos na loucura!
Simplesmente…
amamos os corpos
num singelo toque de emoção!
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